A grande quantidade de açúcar e gordura contido nos chocolates pode desencadear graves problemas para a saúde, afirma nutricionista Juliana Carvalho
O consumo de chocolates no Brasil se mostra resistente, independentemente do cenário econômico do país. Um levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) apontou que, entre janeiro e setembro de 2022, o faturamento do segmento chegou a R$ 7,2 bilhões. O número de itens vendidos foi de 1,75 bilhão de unidades. Essa pesquisa foi realizada em diversos municípios, como Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza.
Ainda de acordo com o estudo, o consumo de chocolates fora de casa foi um dos motivos que impulsionou a expansão. 28,9% das unidades foram consumidas dessa forma no período. Para a nutricionista Dra. Juliana Carvalho, esses números representam uma tendência de que, independentemente da situação econômica do Brasil, as vendas dessa iguaria se sobressaem às outras.
“A pesquisa reflete o vício dos brasileiros por chocolate. Esses dados demonstram que as pessoas não conseguem ficar sem, independentemente da situação. Há lados positivos e negativos nisso. Esses números alavancam a economia e mostram que, apesar de serem altos, os valores não são empecilhos. Porém, tudo em excesso faz mal. Comer essa iguaria exageradamente pode desencadear problemas em nosso organismo, como náuseas, refluxo e dores estomacais, além de consequências metabólicas mais sérias”, disse.
Ainda de acordo com a nutricionista, gostar de chocolate é completamente diferente de ser viciado. As pessoas não devem comer uma caixa inteira de bombom, nem duas barras por dia. Isso é vício. Conseguir controlar essa quantidade é uma tarefa difícil, mas saber se satisfazer na medida ideal é primordial.
“Muitas pessoas se denominam ‘chocólatras’, mas mal sabem elas sobre os graves riscos que isso pode causar à saúde. É difícil se contentar com apenas um pedaço de chocolate, mas saber qual é sua quantidade ideal para comer essa iguaria é fundamental. Passar do limite nunca deve ser uma opção”, completou.