Dia do pedreiro: mercado tem vagas e requer profissionais qualificados

 Empregos.com.br, está com 1.921 vagas abertas no setor da construção civil; pedreiro é a segunda profissão com mais vagas no setor

Pedreiro é o profissional que constrói e reveste muros, paredes, escadas, vigas e lajes em edifícios, infraestruturas de saneamento e outras obras de construção. Na grande maioria, atuam com orientação do engenheiro de obra ou mestre de obras, e utilizam materiais como: rocha, pedra, tijolo, telha, mosaico e azulejo, em conjunto com argamassa e outros equipamentos, para transformar os espaços geográficos à nossa volta.

Uma pesquisa realizada pela Câmara Brasileira da Construção Civil revelou que 9 em cada 10 construtoras afirmam ter dificuldade para contratar mão de obra qualificada. O estudo também alerta para uma redução gradativa no número de trabalhadores do setor. Em 2021, o percentual era de 77%. Atualmente, os pedreiros (82%) são os profissionais mais escassos do mercado; seguido por carpinteiros (79%), mestre de obras (75%) e encarregados de obra (70%).

No momento, o Empregos.com.br, um dos maiores portais de recrutamento e seleção do país, está com 1.921 vagas abertas no setor da construção civil, só para pedreiro são 423 oportunidades. A profissão é a segunda com mais vagas no setor, atrás apenas de eletricista, com 467. Hoje, o mercado conta com cerca de 2 milhões de colaboradores em todo o Brasil, sendo responsável por 5.25% de todas as vagas de carteira assinada.

Para Tábata Silva, gerente do portal Empregos.com.br, a atividade é essencial para a qualidade e eficiência de um projeto na construção civil. “É um profissional fundamental para a engrenagem do setor. É responsável por toda a concepção de uma obra, desde a estrutura até os acabamentos. Sem ele, o desenvolvimento de espaços públicos e privados não seria possível”, afirma.

Fora a dificuldade na contratação de mão de obra qualificada, o mercado convive com outra dificuldade, os riscos inerentes à atividade.  No Brasil, só no ano de 2020, foram registrados 446.885 acidentes de trabalho, destes, 5.8% foram de trabalhadores do ramo. Na Classificação Nacional de Atividades Econômicas e Grau de Risco de Acidente do Trabalho Associado, disponibilizado pela Previdência Social Brasileira, a construção de edifícios é a que mais apresenta risco, com 7.624 acidentes relacionados.

Araujo complementa que os acidentes podem ocorrer devido a três fatores: corte nos gastos, falta de equipamentos de proteção, como cinto, protetor ocular e capacete, e a falta de treinamento. “Hoje, um profissional é utilizado para trabalhar em mais de uma função, o que aumenta as chances de acidente de trabalho. Se um pedreiro faz o papel de um eletricista e não sabe as ligações corretas, as chances de curto circuito aumentam exponencialmente, explica.