Não é de se estranhar, principalmente daqui para frente, que grandes marcas passem a priorizar ações com influenciadores que não têm lá muito mais que alguns milhares de seguidores nas redes sociais. Isso porque a máxima de que “número é a quantidade de sucesso” já caiu por terra há muito tempo e os micro-influencers, como são chamados, é que se tornaram a bola da vez do mercado publicitário.
Na técnica, o movimento é chamado de nicho silencioso, como o especialista em marketing Adriano Freire explica.
“O nicho silencioso é o que a gente brinca ser ‘pequenas comunidades, grandes resultados’. É uma tendência de as marcas investirem em influenciadores que lideram subcomunidades, mas que têm 100% de conversão nesse meio. Começou com um movimento orgânico no TikTok e já se expande para todas as outras redes”, esclarece Adriano.
E continua: “O BookTok é uma comunidade de livro que nasceu no TikTok e, hoje, tem mais de 20 bilhões de visualizações na rede social. Ela nasceu para ajudar as livrarias a venderem mais e, só para se ter uma ideia, a hashtag dessa comunidade já tem mais de 24 bilhões de visualizações. Um movimento que nasceu mínimo, mas tomou proporções inimagináveis”.
Para Adriano, o case é um sinal de que, no marketing, há importância eminente de não só apostar no entretenimento de curta duração, mas também nos TikToks, subculturas e comunidades.
“Além disso, alguns usuários estão até mudando hábitos para criarem comunidades de nicho onde podem se comunicar com pessoas, que sejam poucas, mas que tenham interesses comuns. Essas comunidades geram sentimento de pertencimento e existem em todas as plataformas, o que dá oportunidade de explorar tudo isso. Até redes sociais pequenas, pouco conhecidas, têm sido usadas para essas ações”, corrobora.
O influencer que tem mais de 203 mil seguidores só no Instagram também aponta a prática, que já é tendência neste 2022, como uma das apostas para o ano que vem nas agências de marketing de influência.
“A tendência, definitivamente, é migrar para comunidades menores formando subculturas. Muitas marcas já visam essas comunidades de nicho em suas ações de marketing digital e isso só tende a aumentar”, finaliza.