O que fazer se o Botox deu errado? Layla Dias, especialista em harmonização facial, tem as respostas

Imagine você investir no Botox, animada por ver os resultados do procedimento e algo dá errado. Será que vou ficar defeituosa para sempre? Como faço para reverter à situação? São várias as perguntas que, em meio ao desespero, os pacientes se fazem, em busca de respostas rápidas e eficientes.

A especialista em harmonização facial Layla Dias, que recebe, com frequência, pessoas interessadas no tratamento, alerta para o que pode ocorrer em casos de Botox mal sucedidos: “As intercorrências mais comuns são: paralisia parcial da face, ptose ou queda da pálpebra, sintomas gripais, inchaço na região, dor de cabeça e assimetria facial. Já as que ocorrem com menor frequência são o botulismo e reações alérgicas”.

Segundo ela, que também é cirurgiã-dentista, há um período em que é possível uma tentativa de reversão do procedimento. “Entre 24 horas e 15 dias após a aplicação, a toxina ainda não está totalmente ativada no organismo, ou seja, ainda dá tempo de tentar reverter o efeito, com a prescrição de um medicamento anti-inflamatório de boa potência”, avalia Layla Dias.

Agora, se já se passaram mais de 15 dias da aplicação, Layla Dias adverte: “O processo de reversão da toxina fica mais difícil, mais lento e serão necessárias mais sessões, para a completa reversão”.

No entanto, ela afirma que há outros recursos que podem ser usados pelo profissional habilitado, para tentar reverter o quadro: “Sessões de radiofrequência, para reduzir o efeito do fármaco sobre o músculo; laser infravermelho, para aumentar a vasodilatação da região de aplicação da toxina botulínica e aplicação de DMAE injetável, no local exato onde foi feito o procedimento”. 

 Segurança e confiança, sempre

Para evitar chegar a esse ponto, Layla Dias lista uma série de situações, que podem fazer com que a aplicação da toxina botulínica não tenha êxito e que, portanto, o paciente deve verificar: Profissional sem conhecimento, produto em más condições de armazenamento, produto sem legalização ou comprovação científica, falhas na diluição, aplicação e cuidados pós-procedimento, além da saúde e metabolismo do paciente.

Ela ainda enfatiza que a toxina botulínica é muito segura, desde que aplicada por profissionais experientes e capacitados para o manuseio correto do produto, sendo este de procedência e legalizado. “As técnicas empregadas também devem estar de acordo com a bula do produto, ou que tenham comprovação científica. E mesmo que haja uma relação de confiança entre o profissional e o paciente, este sempre tem o direito de saber qual produto e marca está sendo utilizado em seu procedimento, bem como marca e validade”, ressalta Layla Dias, lembrando que as condições do armazenamento do Botox também devem ser checadas.